Nem raiara 'inda o dia, e já escutara os teus passos ecoando pela sala
Toda noite essa história recomeça, com um beijo de leve na chegada
E todo amanhecer essa angústia, pois sei que vais sem dizer-me até quando.
Quisera não viver nesse engano, da ilusão que ter-te por uma noite seja te ganhar
O sol que entra pela fresta das cortinas ainda fechadas, não aquece meu corpo só.
De olhos vidrados no vazio, busco algum sentido em acalentar a dor dessa ausência, contudo o dia passa, é risonho é moroso, há felicidade em tudo menos em mim
A tarde naquele velho banco do parque, gosto de respirar aquele ar que anuncia o ocaso.
Atenciosamente
Jorge Costa
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