Numa Realidade Corrupta, o Povo Ideal

Numa Realidade Corrupta, o Povo Ideal

Num mundo de corrupções, de perversões e de distorções, o povo perfeito é aquele que já não mais se assombra com horrendas realidades, não mais se sente ofendido por contínuos abusos, não mais se espanta com sua dissimulada hipocrisia e, acima de tudo, não mais se preocupa com sua apática ignorância, sua arrogante estupidez e sua voluntária submissão. Eis o povo ideal para os sem-vergonhas, os exploradores e os opressores. Eis a leviana sociedade que tudo permite, tudo engole e tudo sofre. Despertar de tão tenebroso estupor é tão necessário quanto respirar, mas existem pessoas que preferem o sufoco da sobrevivência à proatividade da existência, pois uma vida lúcida e ativa demanda responsabilidade (habilidade para responder), o que é um conceito alienígena aos ignorantes, aos passivos e aos servis. No entanto, esta habilidade para atuar frente aos infortúnios da vida é imprescindível para vencer as ultrajantes realidades impostas por pseudo-líderes egocêntricos, narcisistas e desumanos. Enquanto este cenário não mudar, a estupidez individual é terreno fértil para tão injustas realidades. (Tadany - 05 08 17)