O Direito à Infância

O Direito à Infância

O direito à infância é natural às crianças que, por fragilidade, dependência e ignorância, tentam sobreviver diariamente frente a grandiosidade e o desconhecimento de tudo o que os cerca. Seus trejeitos e ímpetos são tão naturais como os de uma flor desabrochando. Às vezes, este florescer humanitário é coibido por verdugos desalmados que se utilizam abusadamente de desnecessárias forças e nefastas violências para "educar" os franzinos seres. Nunca um sistema pedagógico foi tão cruel, tão impiedoso e tão nocivo quanto à realidade de culturas onde, tanto os pais quanto os professores, foram outorgados plena liberdade para castigar suas crianças desde que os golpes sejam cuidadosamente mensurados para não deixar visíveis marcas, sejam físicas ou emocionais. Estes desnaturados algozes, por desconhecimento, mediocridade e frustração, impõem barbáries ao que é curioso, ofensas ao que somente entende sobre a plenitude do viver, desrespeito ao que apenas flui naturalmente. Frente a esta realidade, não é de se estranhar que existem adultos emocionalmente confusos, psicologicamente traumatizados e fisicamente frígidos. A violência infantil é o mais infausto, demoníaco e vil método educativo jamais visto em toda a história da humanidade. Para a sanidade dos futuros adultos, é necessário reeducar os adultos que ainda preconizam este execrável modo de pensar. Enquanto isto, é responsabilidade de todos os seres humanos defender às crianças e o direito à infância com a mesma atenção, cuidado e carinho com que se cuida um jardim para que suas flores desabrochem plenas, perfumadas e exuberantes. (Tadany – 23 01 12)

PS: Para citar este texto:

Cargnin dos Santos, Tadany. Pensamento 1177. www.tadany.org