Olhar Consciente
Carrego comigo um legado, um pouco pesado
A dor essencial de estar sempre consciente
De observar o mundo, dolorosamente maltratado
E ainda sorrir, mesmo com o coração dolente
Me refugio na noite, na calmaria da solidão
Para escutar os sussuros de exuberantes pensamentos
Corpos adormecidos, almas brilhando na imensidão
Despertos da vida, livres de mundanos tormentos
Observo nomes e formas, como se fossem espaço
Vazios de seus núcleos, despidos de seus adornos
Vejo a vida holisticamente, aprecio seus sutis contornos
Sinto o universo chorando, seu expansivo cansaço
Olhares infeliz, com faíscas de felicidade
Corpos entropicamente sobrevivendo
Respingos de amor, batalhando contra a maldade
Entorpecidos de si mesmos, suas essências esquecendo
O tédio da alma que não goza de seu talento
Da lucidez de uma livre e plena existência
Um suicídio fragmentado, emocional desalento
Do desecontro de si mesmo, terrível dolência
Este olhar consciente, frequentemente dói
Mas este é o pacote que devo carregar
Algumas vezes é inspiração, outros ele me corrói
Mesmo assim sigo andando, pois meu destino é peregrinar.
(Tadany - 03 01 15)
Para citar este Poema:
Cargnin dos Santos, Tadany. Olhar Consciente. www.tadany.org®
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