A FLOR NEGRA
Nos quartéis o sangue se constrói em mancha lenta
e corre pelas mãos, armado de ódio
Nos quartéis o sangue escorre pelas botas o sufoco
da liberdade
Nos quartéis o sangue enegrece as ideias
dos que são comandados pela coagulação do sangue
Nos quartéis o sangue aquartela o comando
daqueles que são comandados pelo sangue
Nos quartéis o sangue não esconde a sua tirania
e pisa a flor no dever de cumprir sua missão sanguinária
Nos quartéis o sangue congela a mente do soldado
que caminha como gado o terror marcial
Nos quartéis o sangue se espalha entre os débeis
e ninguém fica a salvo dos tiros mortais do autoritarismo
Nos quartéis o sangue anuncia a morte
do ato de escolher entre o sangue alheio ou a doação
Nos quartéis o sangue confina o pensamento
no sangue que não circula livre
Hideraldo Montenegro
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