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[Mar de Poesias] Todo mundo já teve que renunciar a algo na vida, faz parte de crescer, faz parte do viver enfim.

                                                            

É meu o dom da palavra insana, o que eu canto só em mim sangra, ela nasce do vento e chega e me escraviza com seu canto maldito e a desejo mesmo assim

Verso bandido, que pulsa e germina e nasce de dentro e é todo rima que me rouba as madrugadas, onde as mentes inertes descansam e morrem sem mentir, sem sentir


Sou poeta, está em mim viver arrebatado, que não te cause espanto minha trova, nem te doa a ferida aberta pela palavra ferina a cortar como frio aço do punhal.
De fato o bardo tem que dizer o que lhe contam as estrelas

Se não cantasse o que sinto, uma rocha qualquer me amaldiçoaria. Sereno e maldito é para mim teu amor
Que te chegou nos tenros anos, mas te esqueceu na solidão da torre mais alta e amar-te  mesmo assim te condenaria a ser estátua de sal



Estranha loucura é o desconexo das palavras, Escrever até sangrar as mãos, que melhor sina que manchar meu papel em gritos roucos de um sentimento que explode até enlouquecer?


Mesmo que o futuro do amor seja acabar, relegado a distância de um sorriso triste eu e você, indenes Restamos nós, seres puros e vazios, pelas lágrimas vertidas


O cérebro ferve, não de pensar, todos me pensam louco parecem não querer que sol e lua se encontrem, nos dispersaram em distantes galáxias, nunca se pertencerão



Sublimes rompantes me assolam, h
á um dom e ninguém o pode controlar.
Lábios! Cantem a dor dessa
renúncia, renasça nas manhãs o menestrel,
na noite morra eu assim, sempre triste.
Mentindo alegrias que se tornem estrelas a enfeitar teu jard
im.


J.Sollo

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