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MILAGRES EXISTEM (3 TEXTOS)

MILAGRES EXISTEM? (3 TEXTOS)

 

Milagres existem?  

    

Algumas pessoas se chocam ao saber que, pela doutrina espírita, milagres não existem. Vamos então analisar melhor tal idéia - tendo em mente que existe uma grande diferença entre o inexplicado e o inexplicável -, tomando a acepção moderna da palavra "milagre" (algo que contraria as leis naturais).

Vejamos o versículo abaixo:

 

João, 14:12

"Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que crê em mim, esse também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas..."

 

São tais palavras ditas pelo próprio Jesus Cristo!

Teríamos então a capacidade de fazer tudo o que ele fez!? Os apóstolos chegaram a realizar alguns milagres.

 

A Igreja Católica, no processo de beatificação, requer a comprovação de certo número de milagres. Bom, se os apóstolos os faziam e hoje várias pessoas ainda os recebem, quer dizer que os milagres aconteceram e ainda acontecem em certo número. Mas então porque falar que se trata de um milagre algo que qualquer pessoa (atendendo ao pré-requisito citado no versículo acima) tem a capacidade de realizar?

 

Hoje trens se movem sem existir contato algum entre ele e o solo! Isso tempos atrás seria considerado um milagre. Afinal, como coisa tão sólida e pesada poderia "flutuar"?

Uma vez que um fenômeno se repete consideravelmente, voluntariamente ou não, pode-se dizer que existe aí uma lei (conjunto de regras) que determinam a realização ou não de tal fenômeno, conhecendo-se ou não tal lei.

 

Mas como Jesus sempre realizava tais "milagres"?

Porque ele tinha dentro de si amor e fé em sua completa essência! Sua fé, aliás, não era um ACREDITAR, mas um SABER tudo o que era possível se fazer através de Deus. Ele sabia o que era requerido para fazer as curas e possuía tais pré-requisitos: fé e amor. Por isso os apóstolos por vezes falharam. Eles não eram, claro, tão puros quanto Jesus Cristo, nem possuíam uma fé livre totalmente de quaisquer dúvidas sobre sua capacidade.

 

Tais fenômenos não vêm contrariar a lei natural das coisas. De uma ótica materialista, sim, os milagres existem, pois daí não sairão respostas às coisas que tem a ver mais com o plano espiritual que com o plano material. Não tiramos os méritos de Jesus ao não interpretar tais feitos como milagres. Pelo contrário, dá-se ainda mais méritos a ele! Ele realizou tais feitos através da fé, do amor e da superioridade moral que possuía em si mesmo. Se os tivéssemos, também conseguiríamos! Não nos esqueçamos de que o amor é a força maior do universo, uma vez que Deus, seu criador, é amor!

 

Mas resta ainda um último ponto: e Deus?

Seria Ele capaz de realizar um milagre?

Algo realmente sem nenhum nexo ou possível justificação, realmente contrário às leis naturais?

 

Não queiramos aqui interpretar os pensamentos e idéias de Deus, que são fruto de uma sabedoria infinita, mas tentemos pensar um pouco.

Deus criou o universo e tudo o que existe. Tal criação se dá sob certas leis naturais, que vêm Dele, claro, e que, por isso, são imutáveis (perfeitas).

 

Poderia Ele fazer alguma coisa que contrariaria uma lei natural emanada Dele mesmo?

Sim, Ele pode qualquer coisa.

E apenas Ele - pois não há nada maior que Ele - poderia fazer algo contrário a uma lei natural vinda Dele mesmo!

 

Mas, ao fazê-lo, não estaria aí uma afirmação de que tal lei não era perfeita, pois fora derrogada? Ou não, Ele faria isso apenas para nos mostrar que pode e consegue?

 

O que dizer-se-ia de um sábio mecânico que, para provar sua habilidade, desmantelasse um relógio construído pelas suas mãos, obra prima de ciência, a fim de demonstrar que pode desmanchar o que fizera? Seu saber, pelo contrário, não ressalta muito mais da regularidade e precisão do movimento de sua obra?

 

Sabe-se, pelo estudo da Bíblia, que até os maus teriam a capacidade de realizar milagres. Sinais que confundiriam os crentes menos atentos em sua fé. Se um espírito mau pode fazer, por si próprio, algo que vem a derrogar uma lei natural de Deus, isso o faz maior que Ele, e Deus não mais possuiria a onipotência.

 

Por outro lado, se tal espírito conseguisse realizar esse feito por Deus ter lhe delegado pessoalmente tal poder, para mais facilmente induzir os homens ao mal, faltaria a Ele a soberana bondade. Em ambos os casos, tem-se a negação de um atributo sem o qual Deus não seria Deus.

 

Não é o sobrenatural que é necessário às religiões, mas sim o princípio espiritual, confundido erradamente com o maravilhoso, e sem o qual não há religião possível. O Espiritismo considera a religião cristã de um ponto de vista mais elevado; dá-lhe uma base mais sólida do que os milagres: as leis imutáveis de Deus, que regem tanto o princípio material quanto o espiritual; esta base desafia o tempo e a ciência, porque ambos virão sancioná-la. Se há fatos que não compreendemos, é porque nos faltam ainda os conhecimentos necessários.

 

Quer se dar ao povo, aos ignorantes e aos pobres de espírito uma idéia do poder de Deus? É necessário mostrar-lhes a sabedoria infinita que preside a tudo, no admirável organismo de tudo o que vive; é necessário mostrar-lhes a sua bondade na sua solicitude por todas as criaturas, tão ínfimas que sejam; a sua previdência na razão de ser de cada coisa, da qual nenhuma é inútil; do bem que sai sempre do mal aparente e momentâneo.

 

Aonde está o maior poder: no mover-se uma montanha, ou na criação completa de um planeta? Na cura de um câncer, ou na criação do infinito universo, com todas as suas estrelas, planetas e galáxias?

Se tomarmos a palavra milagre em sua acepção etimológica (de mirari : admirar), aí sim poderemos dizer que milagres existem. Existem coisas admiráveis e surpreendentes que aconteceram, acontecem e acontecerão ainda neste mundo. Mas tomando a palavra em sua acepção moderna ou teológica, por assim dizer, como algo que contraria as leis naturais, aí dizemos que milagres não existem, por tudo que fora exposto acima.

 

Fonte: Saber Espírita

 

 

 

 

 

Os milagres de Jesus

 

Érika Silveira 

 

Na história, é bastante comum a crença na existência de milagres devido a acontecimentos inexplicáveis. Muitas pessoas descobriram ou recuperaram a fé após a realização do que parecia impossível aos recursos materiais. Os denominados milagres de Jesus desafiam até hoje as explicações científicas e fascinam a todos devido à grandeza de seus atos em benefício do planeta.

Para a doutrina espírita, milagres não existem, pois nada foge as leis naturais.

O livro da codificação espírita, A Gênese, ressalta que os fenômenos nos quais o elemento espiritual tem parte preponderante não podem ser explicados apenas pelas leis da matéria. Talvez, o grande desafio ainda seja desvendar o que os "milagres" significam e o que podem ensinar sobre a  vida e a perfeição  Divina, que não privilegia nenhum de seus filhos. Quanto aos milagres relatados nos Evangelhos, o livro O Sublime Peregrino, ditado pelo espírito Ramatís, faz comentários importantes a respeito: "O Mestre realizou inúmeras curas e renovações espirituais, que não devem ser consideradas milagres, mas resultantes de suas faculdades mediúnicas. Em virtude de sua elevada hierarquia espiritual e da incessante cooperação das entidades angélicas que o assistiam, tudo o que ele realizava nesse sentido, embora tido por miraculoso, era apenas conseqüência da aplicação inteligente das leis transcendentais".

Com o objetivo de compreendermos melhor o significado dos milagres e suas interpretações, entrevistamos o palestrante e escritor José Reis Chaves, que tem diversos livros publicados sobre a Bíblia e a história do cristianismo, tais como: A Reencarnação Segundo a Bíblia e a Ciência;  A Face Oculta das Religiões; Quando Chega a Verdade e em fase de preparação, Teologias em Conflito e A Bíblia e as Teologias.

Comente sobre as passagens bíblicas que falam a respeito dos milagres de Jesus e suas interpretações.

Foi a Universidade de Paris, administrada pela Igreja (com um domínio total dos padres no século XIX), que definiu que o milagre é uma transgressão da lei da natureza, e que, por isso, é um fenômeno sobrenatural. Todas as curas feitas por Jesus e definidas como sendo milagres, são fenômenos naturais e explicados pela ciência, exceto os narrados com exageros, mas que por isso mesmo não têm crédito entre os exegetas espíritas, católicos e uma parte das igrejas protestantes. Aliás, é sabido que um dos maiores erros das religiões sempre foi o exagero.

Quando Jesus curava alguém, dizia: "tua fé te salvou", do que se deduz que existiram  pessoas que não foram curadas, porque não tinham fé suficiente. Mas isso não é narrado pelos evangelistas, pois eles só tinham interesse em narrar fatos que exaltassem Jesus.

Por que no passado, principalmente nos primórdios do cristianismo, as curas de Jesus eram consideradas milagrosas ou sobrenaturais?

Por superstição ou ignorância das pessoas da época, quando na verdade, se tratavam de fenômenos naturais. Para o apóstolo Paulo, eram dons espirituais do indivíduo e não do Espírito Santo da Trindade, que era totalmente desconhecido por ele. Somente Deus é sobrenatural, mas tudo que Ele próprio criou é natural. Para São Tomás de Aquino, considerado o "doutor angélico" da igreja, Deus é o único ser incontingente, isto é, incriado, que não é causado por outro ser, e que não se origina de outro, sendo todos os outros seres existentes, inclusive os fenômenos, seriam contingentes. Portanto, o  milagre, na definição que lhe deram os teólogos da Universidade de Paris, não existe, pois as leis de Deus são imutáveis. Jesus também nos ensinou que tudo que o ele fez nós poderíamos fazer também, isso fica bastante claro.

De acordo com seus estudos bíblicos, os relatos relacionados com os milagres de Jesus estão exatos ou foram alterados?

Segundo os estudiosos da Bíblia e exegetas católicos mais avançados, somente 18% das coisas atribuídas a Jesus nos Evangelhos são autênticas. Isso porque a Bíblia é provavelmente o livro mais alterado que existe. É que os estudiosos da Bíblia do passado desconheciam a advertência do evangelista João, em sua primeira Carta(4:1), que nos manda examinarmos os espíritos, para sabermos se são de Deus ou do "mal". É o mesmo erro que cometem os carismáticos católicos e os evangélicos, para os quais, os espíritos que se lhes manifestam é Deus, que eles chamam de Espírito Santo.

Hoje com o conhecimento sobre a mediunidade, ectoplasmia e outros fenômenos, é possível compreender melhor as curas de Jesus?

Sem dúvida, o estudo dos fenômenos mediúnicos, entre eles, o de ectoplasmia, têm trazido muitos esclarecimentos para desvendar os acontecimentos considerados sobrenaturais na Bíblia, quando não passam de fenômenos naturais mediúnicos. A transfiguração é um exemplo disso, quando no Monte Tabor, materializaram-se os espíritos Moisés e Elias, fato presenciado também pelos apóstolos e médiuns especiais João, Pedro e Tiago. Até mesmo os comentários de padres e pastores sobre esse episódio bíblico são escandalosos, pois  acentuam até a exaustão que a roupa de Jesus era branca como a neve e que brilhava como o sol, mas fazem silêncio sobre o principal, ou seja, sobre a verdadeira sessão espírita que ocorreu. Lembremo-nos de que, sabendo Jesus que a Lei de Moisés (não a de Deus) proibia a comunicação com os espíritos, pediu aos três apóstolos que guardassem segredo sobre o que haviam presenciado. Recordemos também de que a própria proibição de Moisés da comunicação com os espíritos (Deuteronômio, capítulo 18) prova que essa comunicação existe de fato. Ademais, Moisés a aceita no Livro de números (11,26 a 29), nos episódios envolvendo os médiuns Heldade e Medade.

O fato de Jesus não ter curado todos os enfermos, pode ser o ponto chave para a compreensão de que milagres não existem e sim o poder da fé?

Existe um poder de cura, sim. É o caso de médiuns de cura e do próprio Jesus, que era um médium especial de cura, pois estava sempre curando as pessoas (Lucas 13:32). Paulo falou também nesses fenômenos de curas, que ele denominou "operações de milagres" (I Coríntios 12:10), mas milagre para ele não tinha o sentido que tem hoje, ou seja, aquele de que é a transgressão da lei da natureza, dado pela Universidade de Paris, como já dissemos, no século XIX. Porém, como já foi dito também, a fé ajuda e muito na cura. A fé atua abrindo as portas para a entrada das energias benfazejas. Ela ajuda a criar entre o curador e o curado uma sintonia, como se fosse entre um transmissor e um receptor, fazendo surgir entre os dois uma empatia.

 

Fonte: Revista Cristão de Espiritismo

 

 

 

MILAGRES – VÁRIAS FONTES

 

 

O LIVRO DOS ESPÍRITOS - ALLAN KARDEC - QUESTÕES: 59, 525,526, 663, 802,

59. Os povos fizeram ideias bastante divergentes sobre a Criação, segundo o grau de conhecimentos. A razão na Ciência reconheceu a inverossimilhança de algumas teorias. A que os Espíritos nos oferecem confirma a opinião há muito admitida pelos homens mais esclarecidos.
A objeção que se pode fazer a essa teoria é a de estar em contradição com os textos dos livros sagrados. Mas um exame sério nos leva a reconhecer que essa contradição é mais aparente que real, resultanteda interpretação dada a passagens que, em geral, só possuíam sentido alegórico.

A questão do primeiro homem, na pessoa de Adão, como único da Humanidade, não é a única sobre a qual as crenças religiosas têm de modificar-se. O movimento da Terra parecia, em determinada época,. tão contrário aos textos sagrados, que não há formas de perseguição a que essa teoria não tenha dado pretexto. Não obstante, a Terra gira, malgrado os anátemas, e ninguém hoje em dia poderia contestar isto, sem ofender a sua própria razão.
A Bíblia diz igualmente que o inundo foi criado em seis dias e fixa a época da Criação em cerca de quatro mil anos antes da Era Cristã. Antes disso, a Terra não existia; ela foi tirada do nada. O texto é formal. E eis que a Ciência positiva, a Ciência inexorável, vem provar o contrário. A formação do globo está gravada em caracteres indeléveis no mundo fóssil, . e está provado que os seis dias da Criação representam outros tantos períodos, cada um deles, talvez, de muitas centenas de milhares de anos. E não se trata de um sistema, uma doutrina, uma opinião isolada, mas de um fato tão constante como o do movimento da Terra, e que a Teologia não pode deixar de admitir, prova evidente do erro em que se pode cair, quando se tomam ao pé da letra as expressões de uma linguagem frequentemente figurada. Devemos concluir, então, que a Bíblia é um erro? Não; mas que os homens se enganaram na sua interpretação. (...)

Perg. 525 - Os Espíritos exercem influência sobre os acontecimentos da vida?
- Seguramente, pois que te aconselham.

Perg. 526 - Tendo os Espíritos ação sobre a matéria, podem provocar certos efeitos com o fim de produzir um acontecimento? Por exemplo, um homem deve perecer; sobe então em uma escada, esta se quebra e ele morre. Foram os Espíritos que fizeram quebrar a escada, para que se cumpra o destino desse homem?
- É bem verdade que os Espíritos têm influência sobre a matéria, mas para o cumprimento das leis da Natureza e não paa as derrogar, fazendo surgir em determinado ponto um acontecimento inesperado e contrário as estas leis. No exemplo que citas, a escada que se quebra porque está carunchada ou não era bastante forte para suportar o peso do homem; se estivesse no destino desse homem morrer dessa maneira, eles lhes inspirariam o pensamento de subir na escada que deveria quebrar-se com o seu peso, e sua morte se daria por um motivo natural, sem necessidade de um milagre para isso.

Perg. 663 - As preces que fazemos por nós podem modificara natureza das nossas provas e desviar-lhes o curso?
- Vossas provas estão nas mãos de Deus e há as que devem ser suportadas até o fim, mas Deus leva sempre em conta a resignação. A prece atrai a vós os bons Espíritos, que vos dão a força de as suportar com coragem. Então, eles vos parecem menos duras. Já o dissemos: a prece nunca é inútil, quando bem feita, porque dá força, o que já é um grande resultado. Ajuda-te a ti mesmo e o céu te ajudará; tu sabes disso. Aliás, Deus não pode mudar a ordem da Natureza ao sabor de cada um, porque aquilo que é um grande mal, do vosso ponto de vista, do vosso ponto de vista mesquinho, para a vossa vida efêmera, muitas vezes é um grande bem na ordem geral do Universo. Além disso, de quantos males o homem é o próprio auor, por sua imprevidência ou por suas faltas! Ele é punito pelo que pecou. Não obstante, os vossos justos pedidos são em geral mais escutados do que julgais. Pensais que Deus não vos ouviu, porque não fez um milagre em vosso favor, quando entretanto vos assiste por meios tão naturais que vos parecem o efeito do acaso ou da força das coisas. Frequentemente, ou o mais frequentemente, ele vos suscita o pensamento necessário para sairdes por vós mesmos do embaraço.

Perg. 802 - Desde que o Espiritismo deve marcar um progresso da Humanidade, por que os Espíritos não apressam esse progresso por meio de manifestações tão gerais e patentes que possam levar a convicção aos mais incrédulos?
- Desejaríeis milagres, mas Deus os semeia a mancheias nos vossos passos e tendes ainda os homens que os negam. O Cristo, ele próprio, convenceu os seus contemporâneos com os prodígios que realizou? Não vedes ainda hoje os homens negarem os atos mais patentes que se passam aos seus olhos? Não tendes os que não acreditariam mesmo quando vissem? Não, não é por meio de prodígios que Deus conduzirá os homens. Na sua bondade, Ele quer deixar-lhes o mérito se convencerem por meio da razão.

 

ANTE O ALÉM - REUNIÃO PÚBLICA DE 17-8-59 - Questão n° 182 - LE

Há quem lamente a incapacidade dos amigos desencarnados para mais amplo concurso na solução dos enigmas que atormentam a vida moral na Terra.

Estudiosos inúmeros desejariam que os chamados mortos se utilizassem dos sensitivos comuns, quais instrumentos mecânicos, para espetaculares eventos, e reclamam deles a intervenção positiva no laboratório terrestre, para a cura de moléstias dificilmente reversíveis; a revelação de fórmulas milagrosas na matemática das finanças; a descoberta de forças ocultas da Natureza, e a materialização de estadistas ilustres, domiciliados no Além, para que, de manifesto, venham falar ao povo na praça pública.

Supunhamos, porém, que uma escola diariamente assaltada por teorias inoportunas, com desrespeito à autoridade do magistério, desconhecendo-se a necessidade particular da instrução em cada discípulo...

Imaginemos um tribunal, sistematicamente invadido por sugestões exóticas, que alarmem o ânimo da magistratura, ignorando-se o imperativo do exame especial de todos os processos alusivos à regeneração de cada delinquente em si mesmo...
Conjeturemos quanto à perturbação de um hospital, incessantemente acometido de indicações extemporâneas, que transcendam o quadro dos experimentos da Medicina estranhando-se o impositivo do tratamento individual para cada enfermo...

Decerto que à produtividade sobreviria a frustação, tanto quanto à luz do serviço se oporia a sombra do caos.
É mais do que justo nos empenhemos todos no amparo ao aprendiz, no auxílio ao encarcerado e no socorro ao doente, mas, além disso, ninguém espere que os companheiros desencarnados interfiram na atividade humana, favorecendo a inconsequência ou a desordem.

Quando os mensageiros da espiritualidade enobrecida recebem a permissão necessária para contribuir no progreso do Globo, corporificam-se no berço, à feição dos homens vulgares, comungando-lhes as vicissitudes e nas dores.
É assim que encontramos um Thomas Edison vendendo jornais para se manter, aos quinze anos de idade, atingindo a posição de um dos maiores gênios técnicos de todos os tempos e deixando nada menos de oitocentas invenções registradas, e um Louis Pasteur, filho de um nobre curtidor, que, sem ser médico, pode ser considerado como sendo o fundador da microbiologia, apesar do trabalho valioso de seus predecessores.

Lembremo-nos do Cristo, o Divino Mestre por excelência. Ele que podia, como ninguém, influenciar ambientes e criaturas, surge, entre os homens, como qualquer criança necessitada de arrimo; vive, em sua época, ao modo de um homem normal e, embora a luz e o amor lhe coroem a presença sublime, expira num lenho áspero, à maneira de qualquer condenado à morte, sem culpa.

Realmente, os Espíritos desencarnados não podem penetrar assuntos que a Humanidad ainda não pode compreender; entretanto, guarda a convicção de que te trazem eles a notícia mais importante de todas - a verdade de que a vida prossegue, além do sepulcro, e de que todos nós, desencarnados e encarnados, seja onde for, receberemos sempre de acordo com a nossas obras.

ESPIRITISMO DE A a Z - F.E.B. - pág. 389

A - (...) O milagre é uma postergação das leis eternas fixadas por Deus, obras que são da sua vontade, e seria pouco digno da suprema Potência exorbitar da sua própria natureza e pelo amor, entre Deus e o Cristo. (...) 
(...) Milagre realmente não houve, segundo a significação que esse vocábulo tem, isto é, no sentido de derrogação das leis da natureza. Deus, já o sabeis, nunca derroga as leis naturais que a sua vontade imutável estabeleceu desde toda a eternidade.
Unicamente nos limites e sob a ação de tais leis universais é que, entre vós e em consequência da vossa ignorância, tomam o nome de "milagres", as suas aparentes derrogações, que , entretanto, não passam de aplicações, desconhecidas para os homens, das mesmas leis universais de efeitos dessas aplicações, apropriados às leis do vosso planeta. J. B. Roustaing

B - O milagre é sempre o coroamento do mérito, mas nunca derrogação das Leis naturais, que funcionam, igualmente, para todos. Fco Cândido Xavier

C - Milagre - designação de fatos naturais cujo mecanismo familiar à Lei Divina ainda se encontra defeso ao entendimento fragmentário da criatura. O Espírito da Verdade.

 

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