O NASCIMENTO CÓSMICO DO SER HUMANO
-O MUNDO ESPIRITUAL E A ILUMINAÇÃO-
Cada um de nós dispõe de um instrumento e de uma ferramenta de conhecimento: a consciência. É através dela que devemos investigar a ciência de certas deduções. Ou seja, qualquer um de nós pode alcançar as suas próprias conclusões de forma dedutiva a partir do que nos oferecem as leis que regem a consciência.
Seja de forma transcendente ou das limitações do universo sensorial, só podemos apreender alguma coisa através de nossa consciência. É, portanto, através dela (a consciência) que vamos tentar entender e apreender o mundo espiritual e a necessidade da iluminação.
No mundo manifesto, material, nossa consciência se move no tempo e espaço e, para tanto, utiliza os cinco sentidos (tato, paladar, audição, olfato e visão). São estes sentidos que nos colocam e nos faz apreender o universo físico.
Ora, o tempo e o espaço são frutos de nossos sentidos. Sem eles não existem o tempo e o espaço. Vivemos no universo da relatividade. O que isto que dizer?
Para medirmos o movimento de algo, por exemplo, precisamos de um referencial em relação a este algo para dizermos que alguma coisa está se movendo. Ou melhor, dizemos que algo se move se a distância entre as coisas se alteram no decorrer do tempo. Se não houver um ponto de referencia onde podemos observar que houve alteração na distância entre as coisas, então, não podemos observar o tempo. Por exemplo, percebemos que as horas se passam porque o Sol se desloca durante o decorrer do dia. Se o sol permanecesse estático, sem se mover, não saberíamos do decorrer das horas.
Einstein percebeu que o tempo e o espaço são relativos. Ou seja, que se manifestam de forma relativa, pois, dependem da relação com outro ponto de referencia. Ao fecharmos os olhos, por exemplo, percebemos que o tempo e o espaço não são absolutos. Eles só existem em e para nossos sentidos.
Ao fecharmos os olhos (falando só de um sentido) percebemos que as coisas deixam de existir para a nossa consciência. No entanto, a consciência permanece. Dá para deduzir que a consciência transcende o tempo e o espaço e, portanto, é razoável supor que ela existe também no absoluto.
Falamos na existência do absoluto apenas e tão somente por dedução já que não podemos alcançar o absoluto se estamos envolvidos na relatividade do tempo e espaço da manifestação. Para transcendermos o tempo o espaço meditamos e, para tanto, primeiro fechamos os olhos, tentamos ficar em silêncio para ir além do tempo e espaço fornecidos por nossa consciência objetiva.
Ao morrermos, consequentemente, perdemos a consciência objetiva, os cinco sentidos e o tempo e o espaço deixam de existir. Assim, o movimento também deixa de existir no mundo espiritual.
Então, que tipo de consciência podemos ter no mundo espiritual? Uma coisa é certa, não existe consciência de tempo e espaço depois que alguém morre, pois, os sentidos de apreensão destes deixam de existir. Assim, não existindo tempo e espaço, não há movimento e, portanto, ação. Ou seja, nos planos espirituais não existe alma agindo. Evidentemente, para ter a plenitude da consciência no mundo espiritual precisamos estar despertos, caso contrário, não perceberemos nada além de nós mesmos e, em certo grau. Ou seja, no mundo espiritual vivemos fechados em nosso próprio mundo sem nos darmos conta da abrangência da consciência, aquela que abarca um universo além do nosso exclusivamente.
Outro dado importante para ressaltar é que as lembranças de encarnações passadas somente são lembranças de "vidas" manifestas, ocorridas no tempo e espaço. Ou seja, como nos planos espirituais não existe movimento, não existe ação, então, não existe memória de alguma vivência dos planos espirituais e, portanto, lembranças, pois, nada houve neste universo. Quem se lembra de encarnações passadas, se recorda apenas das vidas que viveu na matéria. Por que? Porque não existe ação nos planos espirituais, pois, a ação só pode ocorrer no mundo do tempo e espaço e sem os sentidos físicos não há apreensão e existência do tempo e espaço.
O motivo, portanto, para nascermos e vivermos a experiência da consciência do tempo e espaço, do outro, é despertarmos a consciência, ou seja, alcançarmos a iluminação para pudermos viver em plenitude no mundo espiritual.
Ou seja, não nascemos por castigo, punição ou condenação divina, mas para evoluirmos e despertarmos nossa consciência.
Falando de uma forma mais clara, vivemos para pudermos despertar, ou seja, alcançar a iluminação e, assim, nascermos de fato no mundo espiritual, senão permaneceremos em estado embrionário espiritualmente. Evidentemente, neste caso, não influenciamos ninguém, pois, sequer sabemos da existência de outros planos, como é o caso do plano material atrelado ao tempo e espaço.
Ao fazermos a transição passamos por algumas etapas. Haverá um momento que o falecido vivenciará como um filme toda a vida que acabou de encerrar. Para a consciência fazer a transição entre um plano e o outro terá que enfrentar suas crenças e medos. Terá que atravessar este umbral. Se não conseguir passar, vencendo seus medos, permanecerá envolvido em seu universo e não alcançará o despertar total da consciência. É neste momento que alguns seres iluminados, poderíamos chamar de "parteiros cósmicos" auxiliam o falecido a transpor esta etapa. Na verdade, esta etapa é crucial e determinante para a alma, pois, ou ela entrará num estado de dormência e conseguirá abrir a consciência. Então, aquelas que conseguem manter a consciência livre na transição entre o plano material e espiritual estará nascendo cosmicamente e poderão inspirar e auxiliar todos os seres humanos, tanto encarnados quantos os que fazem a transição.
Bom lembrar que o suicida, devido a avassaladora condição emocional que acabou de vivenciar, não consegue transpor o umbral da consciência em virtude do sentimento de culpado esmagador que oprime a consciência e, assim, ficará refém de um sentimento devastador e não consegue se abrir.
Sabemos que fazemos parte da alma do planeta Terra e na transição precisamos também vencer o umbral coletivo da humanidade, superando todos os seus medos e crenças.
Enfim, ainda estamos nos preparando para nascermos cosmicamente e a vida, através do movimento que nos impõe, é a forma que a consciência encontra para despertar para esta condição de plenitude espiritual.
Hideraldo Montenegro
leia: AMEAÇA AO REI - VENCENDO O GRANDE INIMIGO
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