"A Lenda dos Séculos
              
             De Victor              Hugo, traduzido por              Bittencourt Sampaio.
              
              
             Chegou-nos às              mãos, pela bondade de um confrade a tradução... Eis alguns trechos              do poema:
             DEUS disse ao rei:  Eu sou teu DEUS  Eu quero um              templo.
             Foi assim que, no azul onde os sóis              contemplo,
             O padre ouvira DEUS pedindo um novo              altar.
             Que altar seria esse, a que o poeta se refere? Novos              depósitos de imagens, que, para alguns, ainda têm sua razão de ser?              Novas mesas que, em determinados tempos da Igreja, servia de posto              de celebração da missa e de local de pasto dos              pseudo-sacerdotes?
             Naturalmente, o entendimento espírita é o de que, no              dizer de Paulo, o apóstolo dos gentios, "termos um altar" implica na              construção desse altar dentro do nosso próprio coração, servindo de              apoio ou de balcão onde celebraremos o "amar a DEUS sobre todas as              coisas e ao próximo como a nós              mesmos".
             Haverá dentre vós quem saiba erguer um              templo
             Disseram eles: - Não. - Eu quero, para              exemplo
             Cem cativos matar. DEUS brada em seu              furor.
             O que DEUS quer do rei, de vós quer o              senhor.
             É justo.
             E mata o rei cem homens              desvalidos.
             De              fato, a pergunta é atual ao extremo:  qual de nós sabe erguer o              templo do coração? 
              Justifica-se, hoje, a              animalidade do morticínio, servindo de              exemplo?
             Quem de              nós sabe louvar a DEUS e dele bendizer, "orando no interior de nosso              quarto, a portas fechadas"? 
              Esse DEUS              era antes um carniceiro que o homem criara, e do qual não conseguia              liberta-se.
             No              prosseguir do poema, eis o rei despótico, deixando o espírito              enterrado na letra, 
             deitando sobre os cativos o ardor do trabalho insano,              preparando para si mesmo o desfecho trágico que aguarda todo aquele              que esquece as regras da              fraternidade:
             - Que é isto?, brada o rei.  - São eles,              soberano,
             Que deixaram do antro a pedra              recair.
             - Daqui jamais, então, podemos nós              sair?!
             - Os astros são, ó rei, os vossos              protetores;
             Vós fazeis recuar o raio, e os              resplendores.
             Tendes do sol; - na Terra um sol em vós se              vê;
             Que pode, pois, Temer a              Majestade?
             - Que!
             Sem saída, ó rei, ó Gran-Senhor, que              importa!
             DEUS virá ele mesmo abrir a vossa              porta.
             Então clamará o rei:  - Nem mais ouço um              rumor!
             É tudo escuridão, eu nada vejo!...  O              horror
             Das trevas infernais!...Por que esta noite              escura?!
             - Porque, responde o escravo, estais na              sepultura.
             Eis aí.               Bittencourt, espírito lúcido ao extremo, alma essencialmente              evangelizada, poeta de coisas celestiais, não poderia escolher              melhor o poema a traduzir.               Essas e outras preciosidades o espírita pode encontrar e              analisar, porque elas lhe dão vasto material para meditação.. Um              Espírito, principalmente um espírito da envergadura de Bittencourt              Sampaio, jamais coonesta realizações torpes ou indignas; ele não              traduziria algo que não julgasse límpido e translúcido, em termos de              moral, e de alto valor poético.
             A mensagem é de fato espírita ao extremo:  quem malbarata a prática do              bem, quem escraviza o próximo, malbarata o próprio bem-estar e              escraviza-se a si mesmo.               Quem escava com as mãos a escuridão das trevas vem a cair na              sepultura do espírito,. " onde há pranto e ranger de              dentes".
             E o próprio Bittencourt (Espírito) costuma dizer que              "pensando enterrar o corpo de JESUS na sepultura, tal qual era antes              ele depois saiu;  e nós              todos nós ficamos enterrados.
             E de lá, ainda hoje, lutamos por              sair".
             Aí entregamos o primeiro instantâneo de Bittencourt,              instantâneo esse que abarca material incomensurável, e que é lauto              banquete espiritual para todos              nós.
              
              
              
             **Gilberto Campista              Guarino
             Site:              Universo Espírita**
              
              
              
              
              
              
             Beijos
              Cida St              !!!
             
 
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