Casos Deco e Mário Sérgio Gabardo (Consequência de um inarredável desalento) - Parte 01
Retratado conforme solicitado por familiar
Caso: André da Rocha Bicca - (Deco) e na sequência Abaixo: Caso Mário Sérgio Gabardo
Ambos marcados pelo trágico e semelhante destino...
** Adendo e * Nota Nos Rodapés
Por: *Elizabeth Misciasci
imprensa@revistazap.org
Da Redação Revista zaP!®
Emocionante depoimento de uma Mãe! Mãe esta, que teve um filho assassinado...
E que, respondendo ao e-mail de um amigo, não se contém!
Movida por diversos sentimentos, gerados pela perda, a revolta, a indignação, inconformismo, que há muito lhe persegue, busca desesperadamente, amenizar seu desalento.
Sufocada pelas dores que lhe consome a cada segundo, sem conseguir controlar, ultrapassa barreiras! Perde a discrição, e expõe-se...
Quebrando o silencio, essa mãe, passa a "lavar a alma", abrindo o coração, pelas palavras em relatos a um amigo (Sergio)... - E-mail que seguiu com cópias em aberto para algumas pessoas... Amigo este, que também, por terrível coincidência, é um pai, marcado pela tragédia, onde a vida de seu filho foi perversamente subtraída! (Assim como no caso da mãe supra mencionada)...
Essa mulher, no qual iniciei me referindo, provocou lágrimas em muitos... Não só pelo comovente relato, e a sofreguidão que o drama consumindo, lhe abateu!
As lágrimas sentidas se intensificaram, transbordando ininterruptamente, diante "de um todo"...
Trágicos episódios, cobertos de fatalidades e acontecimentos gravíssimos... Indubitavelmente inimaginável.
Mesmo com o peso excessivo da dor, essa Mulher luta e se arrastando, segue adiante! Refiro-me a Silvana da Rocha, mãe de André da Rocha Bicca o "Deco" ao qual carinhosamente faz várias referências ao mensurar a respeito do infortúnio sentido, e que, na sequência, poderão ser constatadas.
Ao discorrer indignada, Silvana desnuda sua angústia e flagelo em cada palavra teclada!
Sem perceber, vai retratando um desespero latente, que transcendendo nos permite sopesar ao "ver e sentir" seu inconsolável padecimento, que em consequência inarredável se estampa nas linhas por ela digitadas...
O email em que clamando roga é o triste e desesperado desabafo compartilhado em busca de força!
Na esperança de ajuda já que, envolto à descrença e desesperança, foi à maneira encontrada por essa Mãe, para pedir forças, e tentar (da maneira que pode), não permitir que seu filho seja esquecido, nem sua morte, ignorada, abandonada e Injustiçada!
Através dessa súplica, escancarando a alma, Silvana permitindo-se, deixa finalmente aflorar mágoas e revoltas, por ela, há muito sufocadas...
Quanto ao amigo/irmão tão citado por Silvana que se dirigindo á ele por vezes, o chama de "Meu irmão:"
Sinto como obrigatório e necessário esclarecer, que se trata de: -
Sérgio Gabardo, que igualmente a essa mãe, Silvana, viveu e vive o infortúnio de um infindável drama... Marcado por uma dor irreversível que não passa esse pai desolado, também exige respostas!
Embora muito descrente dos homens, procura nutrir forças para seguir sua luta. Agarrando o pouco da esperança, que lhe move, insiste cobrando... Cobranças estas, que mensalmente sob a forma de tristes cartas, seguem (entre tantos), para nossas diversas "Autoridades".
É um absurdo, depararmos com situações semelhantes, onde àqueles que têm por obrigação, acolher, amparar, empenhar, dedicar e com esforços priorizar, dando no mínimo uma resposta aos familiares, nada dizem, pois pouco importa... Uma vez que é notório o descaso de "alguns poucos representantes da lei e da ordem", pois, são justamente os responsáveis e competentes para cuidarem da segurança, desvendando barbáries, mas, que talvez, por desinibido desinteresse, retratam e demonstram "indiferença!"
Inadmissível! Principalmente porque de fato, nada realmente se fez, nem se sabe estar sendo feito, para tentar esclarecer as verdadeiras razões do crime, bem como as circunstâncias motivadoras, à probabilidade de "execução", com possível (is) mandante(s), enfim; quem poderia(m) ser(em) o(s) autor(es) que, covardemente ou certo(s) da impunidade, atentou ("atentaram") contra um jovem de 20 anos de idade, um garoto, estudante e empresário, que não tinha inimigos, não afrontava ninguém, nem jamais praticou (durante sua curta vida terrena), mal algum a quem quer que seja, como o Mário, filho de Sergio?
Assim como no Caso Bicca ou Caso André da Rocha Bicca - Deco que há 8 (oito anos), passados do ocorrido, seu assassino, permanece em liberdade, perguntas não calam... Nem corações se aquietam! Já que o acusado, sempre Ausente de plenários, cárceres, audiências, enfim; é caracterizado /qualificado ou descrito, apenas como"pessoa em lugar incerto e não sabido". Distante o bastante dos Tribunais e do cumprimento da Justiça...
Mário Sérgio Gabardo
00/00/0000 29/09/2005
A polícia tem um papel significativo na prevenção criminal,
Seu filho Mário Sérgio Gabardo foi assassinado em 29/09/2005, e após cinco anos e dez meses dos Fatos, ninguém foi declarado suspeito, ou culpado.
Em decorrência de tais acontecimentos, eu não poderia (nem conseguiria) ficar inerte, nem tão pouco me manter indiferente à frente dessas feridas "abertas" que não cicatrizam, e se mostram diante de mim... Razão das transcrições e matérias relacionadas. Pela Editora: *Elizabeth Misciasci
Transcrição na íntegra, do e-mail (relato/desabafo) de Silvana da Rocha
– "Sérgio eu estava PRESTES a almoçar (na verdade iria tomar um copo de leite com granola, apenas), neste domingo onde tantos comemoram o dia dos namorados... E eu aqui sozinha, na minha eterna solidão e constante sofrimento com o CASO DA MORTE DO DECO..."
- "Quando abri teu email... (aliás, o teu, do Fernando e de todos os pais q perderam os seus filhos, sempre abro - mas os teus, o q tem em comum c os meus, é a nossa eterna indignação e nossa constante luta por JUSTIÇA que me parece sempre inexistente...) Meu irmão, meu amigo, meu "cúmplice na dor", Sérgio querido... Fiquei mal do estômago... Tonta... Exatamente como me acontece quando me lembro do que aconteceu com o Deco ou quando escrevo sobre ele...
Nem o leite eu quero mais! Meu estômago está embrulhado... "
- "Meus olhos marejados de lágrimas e uma vontade louca toma conta de mim, me pedindo para sair pela rua gritando:" -
- "FAÇAM ALGUMA COISA, FAÇAM JUSTIÇA... PRENDAM OS ASSASSINOS DOS NOSSOS FILHOS!"
- "COMO PODE UM PAI *SABER TODA ESTA TRAJETÓRIA DE MORTE DO FILHO E A POLÍCIA* E OUTRAS AUTORIDADES NADA FAZEREM? - COMO PODE A NOSSA DOR SER SUFOCADA POR ALGOZES, POR "ANIMAIS" QUE MATARAM NOSSOS FILHOS SEM NADA PODERMOS FAZER? "
Mesmo os que passaram por Júri Popular, por todas as instâncias de julgamento como o assassino do DECO, continuam livres, leves e soltos!? - Como Pode? - O que devo ensinar ao meu outro filho, se ele vivenciou e vivencia o que aconteceu com o Mano?
– "O Que devo falar aos Meus Alunos Sobre JUSTIÇA, FÉ, PERSEVERANÇA E CONFIANÇA NOS LÍDERES POLÍTICOS E AUTORIDADES POLICIAIS?"
- "O Que eu faço enquanto MÃE, para *JUSTIFICAR* O MEU FILHO MORTO, A SOCOS E PONTAPÉS? e, que nada foi feito?"
- "PRECISO DE PAZ! MAS, NÃO A TEREI, ENQUANTO NÃO VER ASSASSINOS COMO O do DECO –Irremissível Humberto Flores Schardong, VULGO WOLVO OU WOLVERINE, como os do MÁRIO, DO MAX E DE OUTROS TANTOS, SEREM PUNIDOS..."
- "GRITOOOOOOOOOOO Ao mundo a minha indignação e o meu sofrer...
POR MIM, POR TI SÉRGIO E POR TODOS OS OUTROS PAIS!"
- "VEJO-ME NESTE MOMENTO, SÉRGIO (MEU IRMÃO), gritando pelas ruas desesperadamente e me dou conta... COMO NUM PESADELO;
Que ESTOU APENAS DIGITANDO O NOSSO SOFRER..."
- "Que certamente será eterno, porque NUNCA MAIS TEREMOS NOSSOS FILHOS ao nosso lado, NUNCA MAIS OS BEIJAREMOS... NUNCA MAIS PODEREMOS VÊ-LOS SORRIR (AH... - MAS, ESTES ANIMAIS, CERTAMENTE ESTÃO FELIZES, SORRINDO E PASSEANDO PELAS RUAS... PELO MUNDO...) TAMBÉM NÃO PODEREMOS PARTICIPAR DA TÃO SONHADA FORMATURA DELES!"
- "NÃO PERDÔO QUEM NÃO FAZ A JUSTIÇA, mesmo sendo pago para fazê-la, ASSIM COMO QUEM É CRIMINOSO COMO ESTES SERES... -EU NÃO PERDÔO!"
- "Neste momento, quando a emoção toma conta de mim e a revolta também; eu penso e te pergunto: - Sérgio o que faremos?"
- "Precisamos fazer algo mais do que gritar, do que clamar!
- "Precisamos fazer estes assassinos verem em todos os lugares as FOTOS dos nossos filhos ... Precisamos refrescar a memória das pessoas (que querem ABAFAR a nossa dor)... "
- "Para que elas não esqueçam o q aconteceu com eles..."
- "CHEGA DE SILÊNCIO! - CHEGA DE ESQUECIMENTO!
- "VAMOS INCOMODAR COM A NOSSA LUTA... Com a nossa fala , em alto e bom som, para que ressoe por todos os confins deste planeta, o quanto SOFREMOS COM A IMPUNIDADE E POR ISSO, NÃO ESTAMOS COM NOSSOS FILHOS! Nossos filhos, que eram honestos e de bom caráter. (E TALVEZ POR ESTA RAZÃO, SEU FILHO MÁRIO, DESCEU DO CARRO – porque certamente foi o que sempre ensinamos à eles: *NÃO RESISTAM A UM ASSALTANTE!"
- "DEVEMOS ISTO AOS NOSSOS QUERIDOS!"
- "É O MÍNIMO Q PODEMOS FAZER POR ELES, porque ELES CERTAMENTE FARIAM POR NÓS... (SE O CONTRÁRIO ACONTECESSE)"!
- "Chega de falarmos de um para o outro e vice versa..."
- "VAMOS NOS REUNIR, VAMOS DESABAFAR, FALAR COM A IMPRENSA* - VAMOS NOS UNIR NESTA DOR, PARA PELO MENOS NÃO DEIXARMOS EM PAZ ESTES ANIMAIS..."
– "Vamos LANÇAR O LIVRO que já havíamos falado anteriormente..."
- "VAMOS RESSURGIR DAS CINZAS... - TEMOS ESTA OBRIGAÇÃO COM NOSSOS FILHOS, SÉRGIO!"
(...) – "ME AJUDA MEU IRMÃO, A SACUDIR ESTE MUNDO!"
(...) – "Sabes que sou sozinha nesta luta (JÁ QUE O PAI DO DECO NOS ABANDONOU), MAS, SOU FORTE E CORAJOSA! - NÃO TENHO MEDO... - SÓ PRECISO DE ECO!"
- "O QUE ACHAS AMIGO?"
** *Nota - PARA OS QUE NÃO SÃO NOSSOS IRMÃOS NESTA DOR QUE DILACERA OS NOSSOS CORAÇÕES E NÃO TEM DEFINIÇÃO... PEÇO QUE NOS AUXILIEM REPASSANDO ESTE EMAIL NA ÍNTEGRA E NOS AJUDEM DE ALGUMA FORMA" ATRAVÉS DE SUAS PRÓPRIAS PROFISSÕES OU DE AMIGOS DE VOCÊS QUE COM CERTEZA, PODEM NOS AUXILIAR! OBRIGADA!"
Por: Silvana da Rocha
E-mail para contato: silvanablond@hotmail.com
Telfs.: (53)- 8123-4702 - TIM e (53) -9962-5538 – VIVO
Caso André da Rocha Bicca - "Deco" – Breve Resumo e Andamentos Processuais
André da Rocha Bicca o "Deco" de 17 anos, foi morto no dia 8 de março de 2003, após luta corporal com o condenado, no avarandado da loja de conveniências do posto BR, na Avenida Doutor Nilo Peçanha - Porto Alegre (RS).
A discussão teria iniciado porque Bicca havia ficado com uma ex-namorada do Acusado. Depoimentos de testemunhas comprovaram que, apesar do desfalecimento da vítima, após queda de ambos em uma escada, o sentenciado Humberto Flores Schardong, Alcunha: Wolvo ou Wolverine, continuou a agredi-lo, desferindo-lhe socos e pontapés.
Em 18 de maio de 2006 a 3ª Câmara Criminal do TJRS confirmou a condenação de Humberto Flores Schardong, a pena de 12 anos e seis meses de reclusão pelo Tribunal do Júri, por homicídio qualificado de André da Rocha Bicca.
Por unanimidade, os magistrados rejeitaram anular o julgamento como pedido pela defesa.
Humberto Flores Schardong, embora tenha ido a júri popular, condenado e recorrido ao Tribunal de Justiça, (TJRS) que confirmou a condenação, do acusado, segue livre...
Não estava presente nas audiências e trâmites, sendo representado apenas por seus advogados.
- "Mesmo sendo expedido mandado de prisão o mesmo, segue IMPUNE... - ATÉ QUANDO?"
Questiona Silvana da Rocha, a mãe da Vítima "Deco".
A Fonte das Informações Abaixo é do TJRS
http://www1.tjrs.jus.br
Movimentação do Caso Junto ao Poder Judiciário 1/2009 5/1/2009
2ª Vara do Júri do Foro Central da Comarca de Porto Alegre
Nota de Expediente Nº 1/2009
001/2.05.0006257-0 - Justiça Pública X Humberto Flores Schardong (pp. Amadeu de Almeida Weinmann, Bruno Seligman de Menezes e Lino Marcelo Vidal Munhoz) X A.R.B. (pp. Beatris Franca Paz Lamego, Carlos Eduardo Pinto Lamego, Decio Raul Floriano Lahorgue e Maria Cristina Maurente Netto).
Intimem-se a defesa do réu para fornecer seu atual endereço.
Porto Alegre, 8 de janeiro de 2009
28/07/2008 JULGAMENTO JÚRI - CONDENAÇÃO - 18/05/2006 H.F.S.
13/08/2008 REMESSA AO DISTRIBUIDOR
17/10/2008 CONCLUSÃO AO JUIZ
24/10/2008 VISTA AO MP
27/10/2008 CARGA MP
29/10/2008 AUTOS RETORNADOS AO CARTÓRIO
29/10/2008 CONCLUSÃO AO JUIZ
04/11/2008 CUMPRIR DESPACHO
04/11/2008 EXPEDIDO MANDADO
05/01/2009 MANDADO(S) JUNTADO(S) AOS AUTOS - Contrafé: 001/2008/3344646
05/01/2009 EXPEDIDA NOTA DE EXPEDIENTE - 1/2009 disponibilizada em
15/01/2009 AGUARDA DECURSO DE PRAZO - RÉU
03/02/2009 CARGA ADVOGADO DO RÉU - 49627/RS
06/02/2009 AUTOS RETORNADOS AO CARTÓRIO
06/02/2009 INCLUSÃO NO ROL DE CULPADOS ESTADUAL - H.F.S.
06/02/2009 REMESSA DE PEÇAS À VEC - 06/02/2009 H.F.S.
06/02/2009 PROCESSO BAIXADO
Última Atualização - Em: 29/06/2010
REMESSA AO ARQUIVO JUDICIAL CENTRALIZADO
TJRS
Por: *Elizabeth Misciasci
imprensa@revistazap.org
Revista zaP!®
** OBS.:
** Adendo
**Pesquisa e respectivo adendo, como parte integrante das matérias publicadas, a fim maiores explicações e esclarecimentos.
A polícia militar tem a atribuição de policiar as ruas, manter a ordem pública, responder aos crimes quando esses ocorrem e prender suspeitos em flagrante delito.
*29 A polícia militar também é encarregada de investigar crimes militares, que são definidos segundo o Código Penal Militar. Os policiais militares são geralmente processados e julgados por tribunais militares; uma importante exceção a essa normativa jurídica ocorre em casos de homicídio doloso contra um civil, caso em que os policiais militares são julgados pelo tribunal civil.
*30 A polícia civil conduz investigações criminais dentro do sistema de justiça civil, inclusive investigações de homicídios dolosos cometidos pela polícia contra civis.
*31 Cada delegacia de polícia é administrada por um delegado.
*32 O inquérito policial pode ser iniciado por ordens escritas de uma autoridade policial, a pedido de uma vítima ou de uma parte ofendida, ou por ordem de um juiz ou do Ministério Público.
*33 Uma vez que policiais civis estejam a par de uma violação do Código Penal, eles devem tomar uma série de medidas investigatórias, inclusive "dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais."
Os investigadores da polícia devem coletar dados que sejam necessários para elucidar o crime e as circunstâncias ao seu redor, inclusive através de declarações testemunhais e coletando provas materiais. Os investigadores da polícia contam com um prazo de 30 dias para concluir suas investigações e encaminhar o inquérito policial ao juiz competente.
O juiz (normalmente a pedido do promotor de justiça) pode prorrogar o prazo para a conclusão de a investigação quantas vezes achar necessário. Uma vez que a polícia tenha concluído sua investigação, esta deve entregar um relatório detalhado por escrito ao juiz competente.
Esse relatório é repassado ao promotor para que seja determinado se haverá denúncia contra um suspeito. Caso o promotor ou o juiz entendam que as investigações devam continuar, eles podem determinar que isso seja feito.
As investigações só podem ser arquivadas (ou seja, suspensas indefinidamente) por ordem do juiz, normalmente a pedido do promotor. Quando um caso é arquivado, ele fica essencialmente fechado. Somente em raras circunstâncias, quando novas provas emergem, o caso poderá ser reaberto.
* "- Segundo o Direito Internacional, o Brasil tem obrigação de criminalizar e prevenir que as
forças policiais cometam violações aos direitos humanos, tais como a tortura ou execuções
extrajudiciais. O país também tem obrigação de garantir que qualquer violação seja
investigada pontualmente, exaustivamente, imparcialmente e de maneira independente e
que os responsáveis sejam responsabilizados pelos seus atos e que as vítimas e seus
familiares recebam uma compensação justa e adequada.
Essas obrigações provem da Normativa Internacional dos Direitos Humanos, inclusive
obrigações estabelecidas em instrumentos internacionais de proteção dos Direitos
Humanos tais como o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos (PIDCP),
e a Convenção Americana sobre Direitos Humanos (CADH)".
Extraído do abc es/gestor documental/Internacional/Informa Brasil
Pesquisa e levantamento do Human Rights Watch | Dezembro 2009 no trabalho:
Força Letal - Violência Policial e Segurança Pública no Rio de Janeiro e em São Paulo
- "Como organização especializada em investigação, a Polícia Civil tem funções importantes nas etapas preventivas da redução de homicídios, como buscar, sem trégua, a prisão dos principais matadores e rastrear homicidas em potencial, incluindo a vigilância de comprovados agressores que estejam em regime de prisão aberta ou liberdade condicional e que residam ou circulem pela área. Mas especificamente na redução das armas sua contribuição pode ser decisiva:
A polícia deve buscar o apoio da comunidade, principalmente porque é a mais importante fonte de informação sobre crimes que foram ou estão para ser cometidos, criminosos, pontos de reunião de delinqüentes e de tráfico de entorpecentes, vendedores de armas ilegais etc. Esse apoio vai depender de se conquistar a confiança da comunidade servida pela polícia local, pela eficiência na prisão dos bandidos que ameaçam a Área, do tratamento respeitoso aos moradores, das facilidades para a entrega de denúncias anônimas e das possibilidades de oferecer proteção a testemunhas.
Mas o sucesso desse esforço dependerá fundamentalmente da crença das lideranças policiais de que resultados positivos podem ser alcançados apesar de todas as dificuldades. Essa crença deve ser traduzida em metas concretas, uma forma clara de compromisso profissional com a população servida pela polícia. " Grifos Nossos
Email inicial, que motivou a Manifestação de Silvana da Rocha - (Caso Bicca) - Deco - Começo (Parte 02) na sequência...
*
De: Sergio Gabardo
Data: 12/06/2011 01:05:19
Para: XXXXXX
Assunto: Caso Mário Sérgio Gabardo - Revista zaP!
Continuação abaixo: na matéria anterior, publicada, ou link:
www.eunanet.net/beth/news_coluna.php?col=58&pst=4914
Caso Mário Sérgio Gabardo e Caso Deco (Consequência inarredável desalento) - Parte 02
Caso Mário Sérgio Gabardo
www.revistazap.org/variedades/mario_sergio_gabardo.php
** **Adendo e ** *Nota
No Rodapé
Por: ***Elizabeth Metynoski
O jovem empresário Mário Sérgio Gabardo 20 anos, no entardecer do dia 29 de setembro de 2005, saiu da empresa em que tinha sociedade com seu pai, a Transportadora Gabardo Ltda, por volta das 18h30.
Mário Sérgio tinha dois compromissos para a noite daquela quinta-feira, sendo que um destes era ir a PUC, onde iria prestar prova de Direito, o qual cursava o 8º semestre.
Concluída a prova, foi para a cidade de Canoas, situada na região metropolitana de Porto Alegre, (RS) onde morava.
Ele estava habituado, nas noites de quinta-feira, realizar um churrasco com amigos, em uma casa particular na Rua Tomé de Souza nº. 258 em Canoas, sempre que sua agenda lhe permitia.
Naquele dia, por volta das 20h50m, Mário Sérgio deixou seu automóvel Peugeot 307, cor cinza, placa IXX 0307, no estacionamento do Shopping Bourbon Zaffari Canoas. Nesse momento Mário falou ao telefone celular com Anderson (um amigo).
Mário teria informado a Anderson, que estava no supermercado e que fazia as compras para o churrasco.*Conforme a nota fiscal da Companhia Zaffari Comércio e Indústria, encontrada posteriormente entre seus pertences.
O jovem passou pelo caixa do supermercado às 21h18m/21h20m, em seguida, foi para o estacionamento do shopping, onde ficou das 20h50 às 21h30.
Após esse período, o empresário Mário Sérgio foi para a casa do amigo, na Rua Tomé de Souza, bairro Niterói, Porto Alegre (RS), onde seria realizado o churrasco.
Ele, como morador de Canoas, sabia que a cidade era dividida pela BR 116. Assim sendo, com toda a certeza escolheu um caminho seguro entre os dois pontos (shopping e o local do churrasco) para trafegar naquele horário da noite.
Partindo do shopping, o rapaz chegou à Rua Humaitá e a seguir entrou na Rua Venâncio Aires, percorrendo-a no sentido centro-bairro.
Pela Rua Venâncio Aires, Mário Sérgio, passou por cinco quadras até alcançar a esquina da Rua Tomé de Souza. Quase no cruzamento da Rua Venâncio Aires com a Rua Tomé de Souza, exatamente às 21h37m38, Mário fez uma ligação de seu telefone celular para o aparelho celular de seu amigo Anderson, ligação essa, que durou 30 (trinta) segundos, ou seja, tempo suficiente para que Anderson soubesse que ele estava nas imediações da casa, pois o amigo iria abrir o portão da garagem, como era de hábito.
Mário Sérgio parou na esquina da Rua Venâncio Aires com a Rua Tomé de Souza e deu o sinal que iria virar à esquerda. Ao realizar a manobra, cumprimentou o manobrista da Galeteria Piatto Bello, (comércio da região*) que estava postado a frente dos veículos estacionados na área do restaurante.
- Este retribuiu o aceno de mão.
O funcionário do comércio Piatto Bello (*nas proximidades) viu o Peugeot 307 de Mário dobrar a Rua Tomé de Souza, bem como viu também, que atrás do carro dele seguia um automóvel Ford KA, cor prata, o qual realizou a mesma manobra.
Mário Sérgio, não dava indicativo de se sentir ameaçado ou perseguido.
Parando em frente à casa, aguardou por alguns segundos para que fosse aberto o portão.
Nesse momento, encostou na perpendicular ao carro de Mário e paralelo a rua, (com luzes apagadas e de forma brusca), o automóvel Ford KA prata, que o estava seguindo.
Deste automóvel Ford Ka prata, saltou pela porta dianteira do lado direito (a do carona), um homem de 1,80 m de altura, com uma arma na mão direita. Aos gritos, e intimidando o meliante determinou que Mário Sérgio saísse do carro.
- "Desce do carro, desce do carro" - ordenou o assassino!
Mário Sérgio Gabardo, sem reação e prontamente, de imediato obediente, atendeu a determinação.
O individuo, estando com o completo domínio da situação, tendo á sua frente e sob seu controle o jovem empresário não se satisfez.
Segurando com as duas mãos, a arma que portava (como um experiente atirador e executor), disparou então, duas vezes.
Um dos tiros disparados destroçou o vidro da porta lateral esquerda traseira, penetrando no corpo de Mário Sérgio Gabardo e, lacerando o lobo superior do pulmão esquerdo, ventrículo esquerdo, se alojando no interior do saco pericárdico (tecido fibroso que envolve o coração).
Gravemente ferido, Mário Sérgio, conseguiu, inacreditavelmente, engatar a marcha e acelerar o veículo, percorrendo alguns metros pela Rua Tomé de Souza, entrando à esquerda na Rua Conde de Porto Alegre, no sentido do centro da cidade de Canoas.
O automóvel Ford KA prata, ainda com as luzes apagadas, saiu em discreta perseguição, atrás do veículo conduzido pelo jovem baleado.
O algoz, condutor do automóvel Ford KA prata, fazendo o mesmo percurso que a vítima, continuou seguindo-o a uma pequena distância.
Os dois carros percorreram duas quadras da Rua Conde de Porto Alegre.
Ainda nesta via, (Rua Conde de Porto Alegre), esquina com a Rua da Figueira (segunda rua paralela com a Rua Tomé de Souza), conforme declarações, uma testemunha disse ter ouvido três disparos de arma de fogo, sequenciando continuamente mais tiros.
Essa testemunha afirmou recordar nitidamente de um barulho de colisão, (pois o Peugeot 307 acabou subindo na calçada, onde se chocou com uma árvore).
Sem qualquer reação, Mário Sérgio, estava desmaiado dentro do veículo, apoiado pelo cinto de segurança, que o protegia, mas, inconsciente, totalmente inerte.
O automóvel Ford KA prata, parou junto ao Peugeot 307, dele, desceu o meliante, atroz perseguidor, que se aproximando de Mário Sérgio Gabardo, observou por alguns instantes o jovem empresário, que estava sem movimentos, Paralisado...
Diante disso, e na sequência, o assassino retornou para o Ford KA prata, fugindo em seguida.
O automóvel Ford KA prata, desceu a Rua Conde de Porto Alegre de ré, com as luzes apagadas, entrando também de ré na Rua FAB - Força Aérea Brasileira, (uma abaixo da Rua da Figueira), onde engatando marcha à frente pela mesma Rua FAB, saiu duas quadras depois, na Avenida Getúlio Vargas (via de acesso que margeia a BR 116), sentido para o centro de Canoas.
Alertados pelo som dos tiros e da batida, vários moradores do local se juntaram em volta do Peugeot 307, sendo que um destes pediu socorro por telefone.
O jovem empresário e estudante Mário Sérgio Gabardo, foi levado ao Hospital Nossa Senhora das Graças, em Canoas, Porto Alegre (RS) e lá declarado morto.
Já se passaram cinco anos e dez meses do crime e não se sabe o porquê do ocorrido, nem tão pouco quem foi o Autor e Responsável desse assassinato!
Cinco anos e dez meses dessa barbárie, que permanece impune...
Um assassinato, com todas as características de crime profissional e sob encomenda, onde nada foi esclarecido!
Uma barbárie sem razão e inexplicável, que se assemelha aos inúmeros casos em que um beneficiário, contrata um assassino profissional, para que este execute o desejo de seu mandante, (exterminando assim definitivamente o que/quem é ou seria) um empecilho para seu contratante.
Em um "crime encomendado", o que faz a distinção é a intenção com que se mata.
Já um matador de aluguel ou atirador profissional evidencia-se pela agilidade e habilidade no manuseio de arma, disposição para praticar atos de violência, pela segurança e firmeza em desempenhar o que lhe fora incumbido, pela indiferença com plena frieza, e, principalmente pela observância do "assassino profissional", diante da vítima. Prática comum para o a fim de garantir o resultado da prática criminosa, tendo a certeza da execução.
*****Citação - Quero dizer aos pais do Mário Sérgio e Iracema, que estamos juntos nesta luta, que não vamos "esquecer" e "nem parar de cobrar"! Queremos os assassinos do Mário Sérgio, identificados e presos! Queremos justiça! *** Citação pela autora da matéria: Caso Mário Sérgio Gabardo ***Elizabeth Metynoski.
O pai de Mário Sérgio Gabardo, no dia 29 de cada mês, nestes anos (precisamente, praticamente dez anos), escreve uma "carta aberta" para cobrar das autoridades alguma solução.
**Matéria, com abordagem e texto Por: ***Elizabeth Metynoski
Abaixo a Carta Aberta de 29/12/2010 deste pai:
- "Senhores:
A maioria das pessoas está vivendo momentos de confraternização. São datas universais onde o amor e a fraternidade está no ar. Mas há pessoas, como eu, que perderam entes tão queridos que preferem a reflexão mais profunda, pois sempre está faltando alguém, embora externamente tentem, à medida do possível, mostrar uma discreta alegria. É o que acontece comigo e certamente com milhares de outros Pais que perderam seus filhos. Também como outros tantos, mostro minha indignação pela falta de vontade política e de empenho das ditas autoridades da área da segurança pública que, a essa altura, preferem esquecer o caso do assassinato do meu filho Mário.
Inaceitável!
Neste dia 29, se completam 63 meses do seu brutal assassinato. Mário foi morto no dia 29 de setembro de 2005, quando chegava para um churrasco de confraternização com amigos de infância. O descaso das autoridades da segurança pública começou exatamente naquele momento. Os erros nos trabalhos de investigação foram infantis, inexplicáveis para profissionais caso estivessem empenhados, como deveriam estar, em identificar os responsáveis por este hediondo assassinato.
Durante estes 1.890 dias, tenho me debatido, bradado aos quatro ventos, cobrado Justiça, tentando fazer valer o meu direito de Pai, mas o que tenho recebido em troca dessas autoridades, é simplesmente nada!
Com toda a minha crença, asseguro que essas autoridades não têm o menor interesse em apontar os responsáveis pelo assassinato do meu filho Mário. São insensíveis. Entra Governo e sai Governo, e nada muda. Nitidamente se percebe que o interesse é outro: o eleitoral e nada mais importa.
A insensibilidade e os interesses eleitoreiros tomaram conta das cadeiras de quem senta no comando da área da segurança pública e porque não dizer, também na cadeira de Governador (a).
Desse trágico momento, ficou para mim a dor de um pai que perdeu o filho aos 20 anos de idade. Acompanham-me junto dessa dor, lágrimas incontidas diariamente, dor acentuada no peito e uma saudade incalculável.
Minha indignação é enorme. Minha sede de Justiça também. E ela está bem distante de um possível sentimento de vingança, pois desejo apenas que os assassinos do meu filho Mário sejam identificados e encaminhados para o banco dos réus da Justiça terrena.
Talvez essas autoridades imaginassem que eu calaria pelo cansaço.
Enganam-se.
Estarei cobrando o que me é de direito como cidadão cumpridor das suas obrigações, principalmente para com o Estado que tem o dever constitucional de investigar a exaustão, ao invés de simplesmente acrescentar o assassinato do meu filho Mário na estatística cruel que revelam contra a vontade: a dos crimes insolúveis.
No mês que vem estarei aqui novamente. E no outro também. E assim por diante, enquanto restar um sopro de vida em mim.
Meu filho Mário merece isso!
Sérgio, Pai do Mário".
**Por: ***Elizabeth Metynoski {é Mãe de Giorgio Renan e Presidente do respectivo *Movimento}
*Movimento Giorgio Renan Por Justiça
Da Redação Revista zaP!®
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