Música e Letra
                     
                   "O Menino Da Porteira "
                    
                    Sérgio Reis e Chitão & Xororó
                    
                   Toda vez que eu viajava pela                    Estrada de Ouro Fino
                   de longe eu avistava a figura de um menino que                    corria abrir
                    a porteira e depois                    vinha me pedindo:
                   - Toque o berrante seu moço                    que é pra eu ficar  ouvindo.
                    
                   Quando a boiada passava e a                    poeira ia baixando,
                   eu jogava uma moeda e ele saía                    pulando:
                   - Obrigado boiadeiro, que Deus                    vai lhe acompanhando
                   pra aquele sertão à fora meu                    berrante ia tocando.
                    
                   Nos caminhos desta vida muito                    espinho eu encontrei,
                   mas nenhum calou mais fundo do                    que isso que eu passei
                   Na minha viagem de volta                    qualquer coisa eu cismei
                   Vendo a porteira fechada o                    menino não avistei.
                    
                   Apeei do meu cavalo num                    ranchinho à beira chão
                   Ví uma mulher chorando, quis                    saber qual a razão
                   - Boiadeiro veio tarde, veja a                    cruz no estradão!
                   Quem matou o meu filhinho foi                    um boi sem coração!
                    
                   Lá pras bandas de Ouro Fino                    levando gado selvagem
                   quando passo na porteira até                    vejo a sua imagem
                   Seu rangido tão triste mais                    parece uma mensagem
                   Daquele rosto trigueiro                    desejando-me boa viagem.
                    
                   A cruzinha no estradão do                    pensamento não sai
                   Eu já fiz um juramento que não                    esqueço jamais
                   Nem que meu gado estoure, e eu                    precise ir atrás
                   Neste pedaço de chão berrante eu não toco                    mais...
                    
                    
                    
                    
                    
                   Beijos
                    Cida                    St
                    
                    
                    
                    
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