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Aceitar quem se é, a melhor forma de combater o racismo

Aceitar quem se é, a melhor forma de combater o racismo

Regis Mesquita

O Brasil está passando por várias mudanças. Grande parte delas muito positivas. Todavia, a maciça difusão de desgraças, violências, tragédias e futilidades está escondendo estas boas mudanças.

A imprensa é muito negativa, por isto ocupa seu tempo divulgando futilidades e negatividades. Cada uma das milhares de bombas que explodem no Oriente Médio merecem mais destaque que a notícia que darei a seguir.

" ...a porcentagem de habitantes que se classificam como pardos cresceu de 38,45% (65,3 milhões) para 43,13% (82,2 milhões). Já os pretos subiram de 6,21 % (10,5 milhões) para 7,61% (14,5 milhões) da população brasileira. O Brasil também tem mais moradores que se consideram amarelos (1,09% ou 2,1 milhões). No Censo 2000, apenas 0,45% (761,5 mil) se classificavam assim." (UOL)

No censo a pessoa se auto-declara, ou seja, ela pode ser negra e se declarar branca. Ou ser parda e se declarar de outra cor. Com o racismo instalado dentro das pessoas, elas tendem a ter uma AUTO-IMAGEM diferente da realidade; ou seja, uma parcela da população NÃO SE ACEITA, consequentemente se declara mais branca do que é de fato.

É o racismo entrando dentro da mente das próprias vítimas do racismo. [Me lembrei de uma paciente que se sentia culpada do estupro de que foi vítima.] O racismo torna o negro feio, seu cabelo ruim, seu cérebro burro, sua conduta preguiçosa, etc. Quando o racismo é introjetado, as pessoas desenvolvem uma auto-depreciação que causa muitos problemas: perda da confiança em si, insegurança, desejo de NÃO ser ela mesma, desesperança, desistências dos objetivos, etc.

Quando a vítima do racismo/preconceito absorve a ideologia racista ela se penaliza (se boicota) e se torna uma pessoa pior. É por isto que é tão importante a auto-afirmação negra, feminina, dos deficientes, etc. Quando a própria vítima rompe com o preconceito uma nova força invade sua alma. Ela fica livre para crescer, para progredir, para atingir todos os postos de trabalho de uma nação.

É exatamente um processo de rompimento com a ideologia do preconceito e da negativização que o censo de 2010 está mostrando.

FANTÁSTICO! Isto é lindo! É um Brasil melhor, são crianças crescendo se aceitando mais e, por isto mesmo, podendo acreditar si mesmo. Elas podem acreditar que sendo da forma como são podem atingir objetivos elevados, que podem ser belos, inteligentes, capazes...

A porcentagem de negros na população real não passou de 6,21 % (10,5 milhões) para 7,61% (14,5 milhões). O que aconteceu é que milhões de pessoas passaram a se aceitar como sendo negros e se declararem negros. Observe que de 6,2% para 7,6% significa um aumento de 22% dos que declararam negros, em 10 anos.

O número dos que se declararam pardos cresceu de 38,45% (65,3 milhões) no censo de 2000 para 43,13% (82,2 milhões) no censo de 2011, um aumento de mais de 10%.

O número dos que se declararam amarelos saltou de 0,45% (761,5 mil) para 1,09% (2,1 milhões). O número de orientais não dobrou no Brasil em 10 anos. O que mudou é que eles estão se aceitando da forma como são.

Este belo movimento é infinitamente mais importante do que aqueles que querem mudar o que são. Estes continuam existindo e são muitos. É o caso, por exemplo, da cantora Byoncé, que está ficando branquinha, como o finado Michael Jackson. Ela está criando sofrimento para ela mesma.

Ser o que se é, aproveitar do que se é, é a melhor forma de viver bem, atingir os objetivos pessoais e não criar auto-boicote dentro da própria mente.


Obs: dedico este texto aos pais de uma paciente que vai defender sua tese de doutorado. Por tudo que ela já me contou deles, são grandes exemplos. Tenho certeza que estão felizes de tê-la ensinado a ser rígida no cultivo dos bons valores. Parabéns!

http://www.psicologiaracional.com.br/2011/04/aceitar-quem-se-e-melhor-forma-de.html

 
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Regis Mesquita
Campinas - SP  http://www.tvphipnose.com.br/



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