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Contaram-me 39 - (O Astrólogo)



  • Contaram-me 39 - (O Astrólogo) | 18/03/2011


    Em viagem pelos himalayas, parei para descansar durante à noite,
    nalgum vilarejo entro Joshmath e Badrinath. Após encontrar uma
    pousada, saí para caminhar e tomar um chai. Parei numa pequena tenda
    que, na entrada, tinha também uma pequena fogueira para aquecer os
    clientes.

    No minguado grupo de pessoas, estava um senhor que, aparentemente,
    compartilhava histórias com os outros. Em silêncio fiquei apreciando o
    bem-vindo calor da fogueira e o saboroso chá indiano. Depois dalgum
    tempo, o senhor perguntou-me de onde era, ao que respondi e, como
    consequência, ele centrou sua conversa comigo, pois o simples fato ser
    brasileiro, na maioria das vezes, é uma dádiva imensurável. Então, já
    de início, sem introduções, contou-me a história de um astrólogo que
    viveu no pueblito.

    Relatava que o astrológo, ademais de seu grande conhecimento da
    ciência reveladora dos astros, também tinha poderes de premonições e
    vaticínios que, quase sempre, aconteciam e, para sua prória surpresa,
    certa manhã, teve um lúcido presságio de que o Deus da morte iria
    visitá-lo no final de semana.

    Sôfrego, desolado e desesperado, compartilhou o pressentimento com sua
    esposa. Ela, com toda a serenidade e sensatez das mulheres, sugeriu
    que ele, temporariamente, fosse à outro lugar, pois assim à morte não
    o encontraria. Alegre, assim o fez e, no primeiro ônibus que passou,
    dirigiu-se à Badrinath que, para os hindús, é um lugar sagrado.

    No seguinte sábado, quando à noite traz as primeiras camadas de ar
    gelado das montanhas, alguém bate à porta da casa do astrólogo. A
    esposa abriu e, para sua surpresa, com todo o seu esplendor,
    serenidade e doçura estava a morte no lado de fora. Ela, sem
    redemoinhos, perguntou pelo astrólogo.

    Então, com a voz trêmula e forçosamente sincera, ela falou que o
    astrólogo estava na clínica do vilarejo, aos cuidados do médico de
    plantão, pois estava muito doente, padecendo de uma enfermidade rara
    que lhe dava espasmos de febre e desvarios frequentes.

    Com um olhar surpreso, o Deus da morte observou a ingênia esposa,
    fitou-a profundamente nos olhos e falou que deveria haver algum engano
    naquele cenário, pois em duas horas, ele tinha um encontro marcado com
    o astrólogo numa pousada de Badrinath. (Tadany – 18 12 10)

    PS: Para citar este texto:
    Cargnin dos Santos, Tadany. Contaram-me 39. www.tadany.org ®


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